Em 2014, foram apreendidos 101 celulares na Pesm e 94 no Presídio Regional em revistas pessoais e revistas gerais de visitantes. O uso dos aparelhos vem sendo alvo de investigações da 2ª Delegacia Penitenciária Regional da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) e da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec).
Mesmo com as revistas que são realizadas periodicamente e também quando há denúncias para o telefone 181, alguns presos tanto do Presídio Regional quanto da Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm) conseguem acesso aos aparelhos.
Colocar em funcionamento um scanner para pessoas na Pesm e cobrir com telas o pátio dos dois presídios são planos da Susepe para tentar frear o uso dos celulares.
Enquanto isso não acontece, segundo a própria superintendência, presos usam os aparelhos para ligar para programas de rádio, têm acesso à redes sociais, e participam de programas de bate-papo por celular.
O "Diário" e a Polícia Civil receberam um CD com gravações de conversas entre presos nestes bate-papos. Uma reportagem nesta quinta-feira mostra que os presos conversam sobre drogas, falam sobre suas penas e até contam que um celular na cadeia pode custar de R$ 500 a R$ 1 mil.
Confira abaixo um dos trechos de conversa cujo áudio estará disponível no site do "Diário" nesta quinta-feira:
A (preso): Vou fumar mais uma maconha e vou me atirar. Tentei entrar no Face e não está pegando, né piá...
B (preso): Eu tava também, entrei, mas tava lenta.
A: O que que vale um telefone aí?
B: O que vale?
A: É.
B: Uns 600 pila, 500.
A: Um bom aqui é mil pila.
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